Alimentação infantil: a chave para prevenção de doenças futuras!

Aproveitando o gancho das mamadeiras, segue um texto sobre alimentação da criança!

                 Uma boa alimentação na infância é de suma importância para a saúde futura dos indivíduos. Com uma alimentação equilibrada, proporciona-se às crianças o equilíbrio entre idade, peso e estatura, um desenvolvimento físico e psíquico harmonioso, funcionamento adequado do organismo, maior resistência às infecções e, portanto, saúde.

                Cerca de 90% dos casos de obesidade em adultos jovens ocorre devido a erros alimentares persistentes durante toda a infância, do nascimento à adolescência. Isso normalmente acontece por conta de condutas alimentares inadequadas dos pais, somados, muitas vezes, a sensação de culpa por não participarem assiduamente do crescimento de seus filhos. Nestes casos, a alimentação se torna uma forma de recompensa pela ausência em determinadas situações.

                Premiar a criança pelo bom comportamento ou tentar agradá-la com alimentos pouco nutritivos e muito calóricos é um cotidiano da vida de muitos pais. Bebês gordinhos e bochechudos são elogiados pelos familiares e amigos, incentivando ainda mais o consumo alimentar inadequado. Porém, essa festa com a criança gordinha vai até meados de 6 anos de idade. Depois, a mesma família que a incentivou a comer, começa a puni-la cada vez que ela se aproxima da geladeira. Na escola, surgem os apelidos cruéis, com isolamento social da criança obesa, e esta, por sua vez, tem que se esforçar constantemente para ser aceita pelo grupo.

                De “gordinha”querida, a criança passa a conviver com um sofrimento que seguirá toda adolescência e que pode durar a vida inteira, com uma infinidade de regimes alimentares e frustrações.

                Quase todos nós sabemos de cor essa trajetória. O que precisamos é cortar esse ciclo vicioso que tanto atrapalha a vida de nossas crianças.

                Nem é preciso dizer que as crianças aprendem o que está ao seu redor. Se os pais não se preocupam com que engolem, nem com a quantidade ou qualidade da comida, seus filhos tenderão a fazer a mesma coisa.

                Colocar no prato e forçá-los a comer mais do que realmente conseguem é outra forma de incentivar o consumo exagerado dos alimentos. O ideal, nesses casos, é deixar que eles façam suas medidas, educando-os a consumir hortaliças, carnes magras, leguminosas e o carboidrato (de preferência integral). Se as crianças forem ensinadas a colocar no prato apenas o que estão com vontade de comer, começarão mais cedo a controlar essas medidas.

                Transforme as refeições num momento agradável e descontraído. Nada de TV ligada, vídeo-game ou lição de casa sendo feita ao mesmo tempo. Comer deve ser um momento prazeroso, período de trégua para as discussões e brigas e, quando possível, o pai ou a mãe devem estar junto à mesa.

                Quando estiver em casa, sozinho ou com colegas, não libere a geladeira e nem permita que pacotes de bolachas e refrigerantes estejam à disposição. Comida deve ter horários, principalmente quando se está vendo filmes ou jogando vídeo-game.

                O incentivo ao consumo de frutas, verduras, legumes, alimentos integrais, castanhas e leguminosas como feijão, lentilha, grão de bico e ervilha deve ser diário, enquanto alimentos como doces, refrigerantes, lanches, salgados e produtos industrializados devem ser restritos aos finais de semana.

                Evite premiar as crianças com guloseimas e alimentos pouco nutritivos e muito calóricos. Dessa forma você evitará que seus filhos façam uma ligação, mesmo que inconsciente, entre esses alimentos e a sensação de prazer e conforto.

                Ensinar seus filhos a comer será tão importante quanto educá-los e colocá-los em boas escolas. Além de aprender o prazer de saborear diferentes pratos, eles poderão escapar da obesidade e diversas outras doenças.

                Mais tarde, eles irão agradecer a você por isso!